sábado, 4 de dezembro de 2010

Desejo-te

Olho-te....
Beijo-te os sonhos
Cubro-te com o meu desejo
Dispo-me das minhas carências
Danço ao lado da tua inconsciência
Ajeito meu corpo contra o teu.

Seguro-te ao meu encontro de mulher
Vagueio tuas mãos
Teus sentidos
Sinto teu cheiro
Teu peito forte...

Tens o galope
Sabes a curva...
Sacia-me!
Deleita-me!
Aflora-me!
Ama-me!!!!!!!!!!!!

terça-feira, 9 de novembro de 2010

Toque




Inesperadamente sossego minha cabeça no teu ombro que me acolhe e me faz adormecer.

Minhas ilusões passeiam por teus sonhos na esperança de te trazer inteiro para mim.

Perambulo entregue aos teus braços que me protegem de tudo o que lá fora deixei.

Minhas mãos se apegam as tuas e nós nos ondulamos em desejos.

Minha pele transpira paixão que transita canções inesperadas e belas.

Deitamos na areia morna que nos cobre e cavalga meu corpo contra o teu.

Reviro-me igual enquanto um vento forte leva consigo teu cheiro.

Teu toque conspira saudade envolta pela cruel desilusão.

Meu coração censura o indesejável que desfez meu sonho de amor!

Fogo - Fátuo




Teu beijo me expôs nas ruas molhadas pelo desprezo do teu corpo sobre o meu.
Tua atitude exigiu a tua condenação ao renegar-me a lama do teu coração.

Costurei-te a mim,
Desatei-te demoradamente.
Não queria,
Chorei.

Rolei pela tua carne ainda quente.
Exigi saídas,
Desabei.
Digladiei com meus sentimentos,
Cuspi nas minhas entranhas ás cegas.


És cadáver.
Tua morte deixou-te vulnerável.
Fez de ti um ser impessoal
Um ser sem corpo nem alma.
Fogo - fátuo, tolo corredor nas noites frias e escuras.
Chama azulada , fraca,
que se apaga dentro de mim!!

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Criança feliz.


Quem me dera poder segurar firmes as amarras da vida sem medir forças com o tempo delirante,
pleno de devaneios em que repousa serena minha criança descalça ,
despida de medos,
entregue a fantasia de um palhaço nostálgico,
cujo riso se deleita ao abraçar essa criança contida,
por vezes esquecida pelas calçadas da vida que um dia pisei!

Afastem-se as arestas deixadas nos umbrais ás cega ,
nativa num corpo inerte, descrente na fé.
Ressuscito-me na minha criança resistente livre das sombras traiçoeiras,
de um passado distante que segue sozinho,
sem nenhum carinho da criança que fica, destemida e FELIZ!

Cor-Brasil!






Moro num país colorido pela própria natureza. Sua biodiversidade se mistura a seu povo de diversas cores e raças.

Pinta-se o quadro de gente variada em cuja face se conceitua a nossa brasilidade. 

 Espio o verde- amarelo a se desbotar  em  calçadas sujas pelo desmazelo de muitos, que insistem  em  desprezar as  cores  de sua gente.

Despreza-se a mistura de cores produzidas nas senzalas, e nas ocas tupi-guarinis.

Inferioriza-se a descendência de urucum - cativo, e louvam o europeu -galego que chegou e   branqueou  o nosso Brasil mestiço!

Acrobata de mim.


No consenso de partículas de sentimentos nobres, deixo escoar nos meus átomos uma fusão cárdia que interpela meus órgãos e comanda meu corpo, m’alma cancioneira, numa surda despedida de mim!

Estou presa diante de uma concepção de vidas que interpela, acusa e desnuda um cético poder de fuga a me constranger, trapacear ao maneio de mentes desconexas,pouco coruscante, distantes de mim!

Desato-me ao meliante surto de desejos e anseios que me consomem e desgovernam os dias.

Sigo, agora, acrobata na vida, sigo , agora, acrobata de mim!