terça-feira, 9 de novembro de 2010

Toque




Inesperadamente sossego minha cabeça no teu ombro que me acolhe e me faz adormecer.

Minhas ilusões passeiam por teus sonhos na esperança de te trazer inteiro para mim.

Perambulo entregue aos teus braços que me protegem de tudo o que lá fora deixei.

Minhas mãos se apegam as tuas e nós nos ondulamos em desejos.

Minha pele transpira paixão que transita canções inesperadas e belas.

Deitamos na areia morna que nos cobre e cavalga meu corpo contra o teu.

Reviro-me igual enquanto um vento forte leva consigo teu cheiro.

Teu toque conspira saudade envolta pela cruel desilusão.

Meu coração censura o indesejável que desfez meu sonho de amor!

Fogo - Fátuo




Teu beijo me expôs nas ruas molhadas pelo desprezo do teu corpo sobre o meu.
Tua atitude exigiu a tua condenação ao renegar-me a lama do teu coração.

Costurei-te a mim,
Desatei-te demoradamente.
Não queria,
Chorei.

Rolei pela tua carne ainda quente.
Exigi saídas,
Desabei.
Digladiei com meus sentimentos,
Cuspi nas minhas entranhas ás cegas.


És cadáver.
Tua morte deixou-te vulnerável.
Fez de ti um ser impessoal
Um ser sem corpo nem alma.
Fogo - fátuo, tolo corredor nas noites frias e escuras.
Chama azulada , fraca,
que se apaga dentro de mim!!